17 agosto 2014

Power - Capitulo 17

Eu ainda não tenho a razão
E você não tem tempo
E realmente me faz imaginar
Se eu já dei a mínima para você(Makes Me Wonder - Maroon 5)





Acordei com dores pelo corpo e se olhassem pra mim com calma, perceberiam que eu só estava com dor pelo fato de ter dormido torta na cama.

Eu me encontrava coberta por papéis diferentes e bufei ao perceber que teria trabalho para colocar aquilo em ordem. Dei de ombros e me levantei com torcicolo.

Ri da minha própria sorte. Fui direto para o banheiro e fiz higienes básicas, assim que terminei coloquei meu uniforme e saí de meu quarto, trancando a porta.

Cheguei na sala adiantada e nenhuma das meninas ainda tinha se arrumado. Depois de um bom tempo sozinha tive o prazer de ser saudada por Amber. A mesma estava com cara de poucos amigos esta manhã.

- Se eu te perguntar algo você me responde com sinceridade?- perguntou ela dando um pulo no sofá em que estava sentada e se virando em minha direção.
- Sim...- respondi incerta.
- O que você anda aprontando?- perguntou ela séria.
- Não estou aprontando nada, Amby.
- E o que você anda fazendo ultimamente? Não diga que nada, pois eu e as meninas notamos o quanto você anda esquisita...- falou ela gesticulando com as mãos freneticamente.

Ri de sua pressa e ela me olhou feio.

- Eu sei que ando esquisita, mas prometo que quando estiver tudo certo conto a vocês sem esconder nenhum detalhe, o.k.?- disse a olhando em seus olhos.
- O.k.!- concordou ela e sorriu.

Ficamos em silêncio e logo as outras garotas se juntaram a nós. Fomos conversando até o refeitório e assim que pisei os meus pés dentro do local, todos os olhares vieram para mim. Raiva, ódio, admiração, felicidade... e tantos outros contrastavam o ambiente, me senti pequena e sozinha novamente. Dei um passo para trás na tentativa de sair dali, mas Ella me deu um empurrão para frente e logo Becky segurou na minha mão, me puxando para junto dela. Andamos lado a lado até onde pegávamos os nossos lanches.

[...]

Andávamos com calma até nossa sala de aula. Por todo o caminho ouvia cochichos a meu respeito,  dos mais simples aos maldosos.

Eu ainda estava com um curativo na testa e não poderia tirar, caso contrário o corte abriria novamente. Muitas vezes as pessoas me paravam e perguntavam se eu estava bem.

- (Seu nome)?- chamou alguém atrás de mim. Me virei para encarar a pessoa e fiquei surpresa.
- Andreza se for me ofender e me colocar para baixo... já peço que deixe para amanhã.- falei já me protegendo. Senti Ella e Vick se posicionarem de maneira protetora. Amber e Beck ficaram prontas para atacar caso fosse necessário e eu fiquei surpresa com suas reações.
- Não... não... - falou ela gesticulando um 'não' com as mãos.- Eu vim lhe agradecer por ter salvado a minha vida ontem.- falou ela.

O que? Andreza agradecendo?

- Eu sei o que você deve estar pensando, mas não há nada por trás disso. Então, obrigada por ter salvado a minha vida e de minhas amigas, tenha a certeza de que eu jamais irei esquecer esse feito. Você poderia ter me deixado morrer, mas não o fez. Por quê?- disse ela me olhando nos olhos. Pude perceber que um grupo se formou ao nosso redor.
- Eu não conseguiria viver sabendo que eu deixei alguém morrer sabendo que eu podia ter feito algo para salva-la. Ainda me sinto culpada pelas mortes que tivemos, mas infelizmente sobre isso só o tempo irá me fazer pensar diferente.- respondi com calma.- Você me perguntou o por que de tê-la salvado e a resposta é simples: nós não somos iguais.- falei séria. Dei um sorriso fraco e lhe dei as costas.
- Do mesmo jeito, (Seu nome)! Obrigada.- agradeceu ela me fazendo parar.
- Não há de quê.- disse a ela de costas e voltei a andar, sendo acompanhada por minhas amigas.

[...]

A aula de teorias era um coisa chata. Pensa na aula de filosofia e acrescenta com sociologia, para completar coloque a aula de literatura, pronto a aula era igual.

Eu estava sentada na última carteira do fundo perto da janela. Daqui me sentia segura e conseguia ter uma visão ampla de todos ao meu redor, ou seja, a sala inteira. Pude ver Harry e Andreza com as mãos bobas por baixo de suas mesas, aquilo era nojento, inconscientemente acabei fazendo careta e Becky me olhou confusa. Dei de ombros e com o olhar lhe mostrei o que tinha acabado de ver. Ela fez uma cara de nojo tão engraçada que acabei rindo. A mesma acabou me acompanhando.

Assim que paramos voltamos as nossas antigas analises individuais, onde eu via as coisas e ela dava a sentença cruelmente.

Voltei meu olhar pela sala.

Olhei na direção de Henry e o mesmo me encarava, lhe dei um sorriso fraco e ele retribuiu, só que com um abertamente. Ele logo voltou a escrever algo e eu pude ver parte de uma tatuagem até então desconhecida por mim. Só consegui ver o começo dela, sendo do pulso até o cotovelo, onde a blusa que Henry vestia estava dobrada.

Não sabia que ele tinha tatuagem e isso me interessou.

Fiquei divagando até ouvir a professora Morgana Nickson explicar alguma coisa que eu não fiz questão de entender.

- Peguem os livros de línguas antigas e bom trabalho.- falou ela apontando para uma pilha de livros ao seu lado.

Me levantei a contra gosto e fui pegar meu livro. Assim que fiz o mesmo dei meia volta e acabei trombando em Harry, acabei me desequilibrando e fui para trás, mas o mesmo me segurou e me puxou de volta a seu encontro. Fiquei desnorteada com tamanha aproximação, porém como tudo que é bom dura pouco logo me lembrei que ele andava aprontando muito, além das duas conversas que eu ouvi.

Me afastei bruscamente de seu corpo e voltei ao meu lugar, sem agradecer por nada. Assim que me sentei pude ver o mesmo me encarar irritado, dei de ombros e abri o livro fingindo prestar a atenção. Depois que o vi se sentar, cutuquei Rebecca a minha frente e pedi explicação, fazendo a mesma cara do gato de botas de Shrek.

- Você deve apenas ler o livro, pois na próxima aula a bruxa ali...- falou ela apontando para a professora, dei uma risadinha, mas logo comprimi meus lábios assim que a professora nos olhou feio.
- Acho que ela ouviu...- comentei.
- Continuando...- falou ela me ignorando.- A professora disse que na próxima aula vai passar alguns exercícios, ao menos teremos bastante teoria esses dois longos meses, depois é só aula prática.
- Ótimo.- falei irônica e Becky riu.

Lhe agradeci pela explicação e ela logo voltou a sua posição inicial, eu por fim comecei a ler o livro. Confesso que após um bom tempo ele fica interessante.

Foi no meio do tédio que eu achei o que queria. Lá estava as mesmas palavras que eu havia visto no esconderijo de Sombra.

"Η ψυχή του αγνή πρέπει να καταστραφεί το κακό για να κερδίσει. Αλλά πρέπει να ξέρετε τον πόνο, την απώλεια και την καταστροφή όσων αγαπούν έτσι ώστε να επιτευχθεί η ψυχή σας.
Μια ορισμένη θρύλος που λέει ότι αν γίνεται κακία σε άτομο, αλλά η ψυχή του συνεχίζει άθικτο, τότε τα πάντα θα χαθούν και για τον οποίο δίνω την καρδιά της, πρέπει να πεθάνει μπροστά στα μάτια του, και μόνο τότε μπορούμε να κερδίσουμε.
Ωστόσο, πρέπει να έχουμε κατά νου το ακόλουθο μήνυμα: Μερικές φορές η αγάπη πονάει. Μερικές φορές το καλύτερο φάρμακο είναι να αγαπάς χωρίς μέτρο. Δεν πρέπει να ξεχνάμε ότι, όταν αγαπάμε, τις δυνάμεις και όταν είμαστε αγαπούσε, λαμβάνουμε το θάρρος."

Fiquei olhando aquela figura a minha frente e tratei de continuar lendo, segundos depois eu localizei a sua tradução.

"A alma pura deve ser destruída para que o mal vença. Mas você deve saber que para alcançar a mesma, a dor, a perda e a destruição deve ser causada.
Um certa lenda diz que se uma pessoas se tornar malvada, mas sou alma continuar intacta, então tudo estará perdido, entretanto caso a pessoa a quem seu coração foi entregue morrer diante de seus olhos, possivelmente teremos uma chance de vencer.
No entanto, devemos ter em mente a seguinte mensagem: As vezes o amor dói. As vezes, o melhor remédio é amar sem medida. Não devemos esquecer que quando amamos, damos forças e quando somo amados, recebemos coragem."

Confesso que não entendi porcaria nenhuma, ao menos não de primeira, então li mais cinco vezes e nada. Bufei frustada e Becky me olhou preocupada.

Peguei um papel e escrevi a seguinte mensagem: "Não entendi está parte. Pode me explicar?". Passei o papel juntamente com o livro e ela me deu o dela.

Novamente fiquei imersa em meus pensamentos e vi Becky escrever algo, mas infelizmente o sinal bateu anunciando mais um intervalo. Minha amiga me entregou o papel e vi a professora andar em nossa direção, escondi o papel e puxei Becky para fora da sala correndo.

Corremos pelos corredores abarrotado de gente. Me diverti ao ouvir alguns xingamentos e piadas irônicas.

Quando chegamos na porta do refeitório nos olhamos respirando pesadamente e rimos. E foi assim que passamos pelas portas enormes daquele local.

Becky foi falar com as meninas, enquanto eu devia espera-la na fila. Bufei e revirei os olhos ao ver a enorme fila que ali estava.

Me encaminhei para o final daquela fila enorme. Sim, era enorme, não era nenhum exagero. A fila começava a dez passos da porta de entrada e contornava aquele enorme salão, minhas amigas eram uma das poucas pessoas sentadas.

Acho que depois do primeiro e recente ataque a escola, as coisas deviam ter mudado. Não só na estrutura da escola, mas como eu havia faltado no velório das pessoas que foram mortas e provavelmente o diretor fez alguma reunião mudando algo. Pude ver pessoas de todos os anos aglomeradas ali. Se Sombra fizesse outro ataque naquele exato momento escolhendo o refeitória como alvo, acertaria muitos coelhos com uma cajadada só.

Não sei por quanto tempo fiquei em pé naquela fila, sendo observada e ouvindo cochichos sobre mim, mas eu tinha a certeza de uma coisa: falta apenas cinco minutos para eu e o resto desse povo ter de voltar para suas respectivas salas.

Fui pega de surpresa, assim que senti uma mão em meu ombro, logo olhei para a pessoa e sorri abertamente.

- Ben, que susto você me deu!- exclamei colocando a mão em cima de meu busto.
- Foi mal, maninha!- falou ele e sorriu.
- Qual é o pedido dessa vez?- perguntei diretamente e andei mais alguns passos, seguindo o ritmo daquela fila.
- Bem direta você, hein?- rebateu ele sorrindo.
- Eu te conheço muito bem e outra sempre que você se aproxima é apenas para pedir algo.- falei sincera. Desviei meu olhar do dele assim que vi meus amigos se sentarem na mesma mesa que minhas amigas e todos sorrirem amigavelmente, como se nada houvesse acontecido. Bufei com aquilo, mas não liguei. Melhor juntos do que separados.
- Já vi que o clima naquela mesa vai pesar...- comentou ele me fazendo rir.
- Vai nada e outra temos que conversar. Eu andei descobrindo umas coisas e você precisa saber.- disse o olhando nos olhos. Ele apenas assentiu.

Finalmente a minha vez havia chegado e peguei meu lanche juntamente com a das minhas amigas, claro que meu irmão foi cavalheiro o suficiente para carregar as coisas pra mim.

- Pode se sentar comigo hoje?- perguntou ele conforme nos aproximávamos da mesa.
- Claro.- respondi assim que paramos em frente a mesa. Só concordei, pois quando reparei melhor não era só meus amigos ali. Harry, Andreza, Petúnia e Katarina estavam ali também, sendo que Andy ou Andreza, tanto faz, estava sentada em meu lugar.- Aqui está o lanche de vocês esfomeadas.- falei assim que Ben colocou a bandeja em cima da mesa. Elas riram e me mostraram a língua.
- Como vai Ben?- perguntou Amby educadamente.
- Indo e a senhorita?- perguntou ele por educação, mesmo não fazendo questão de saber.
- Moderadamente bem.- respondeu ele sorrindo.
- Vamos (Seu apelido)?- perguntou meu irmão se dirigindo a minha pessoa.
- Pera ai, você vai roubá-la de mim?- perguntou Ella dramaticamente.
- Vou.- respondeu meu irmão simplesmente.
- Como assim? Você pensa que é só chegar e a levá-la?- perguntou Vick entrando na brincadeira de Ella, atuando dramaticamente.
- E é.- respondeu meu irmão se mantendo sério.
- Epa! Não é tão fácil assim mocinho. Tem que oferecer um bom dote pela garota!- falou Becky parecendo uma aliciadora.
- Que papo é esse?- perguntei me entrometendo na história.
- Calma garota!- pediu meu irmão rindo.- Então senhora Valentine, qual seria o preço do dote por essa bela jovem?- perguntou ele parecendo realmente um comprador.
- Quem faz teatro é a Vick e vocês que atuam?!- perguntei, mas fui ignorada.
- Depende...!- falou Becky se levantando e parando ao meu lado. Ela começou a me estudar e piscou com um dos olhos, me fazendo revirar os olhos e arrancar um risada dela.
- Depende do quê?- perguntou ele curioso. Nossos amigos apenas assistiam a cena e se divertiam até os intrusos ali estavam se divertindo.
- Antes da resposta eu preciso saber se sempre que vocês dois se encontrarem...- começou Amber apontando para os dois em pé ao meu lado.- vão fazer essa trama toda e usar a (Seu nome) como um personagem de vocês?- perguntou ela se mantendo séria.
- Não atrapalha, Amby!- falou Niall pela primeira vez desde que eu havia chegado.
- Vai começar...- falou Ella encostando a cabeça na mesa.
- Não lhe dei intimidade para me chamar pelo meu apelido, Horan.- bradou ela séria.
- Como se nunca tivéssemos tido alguma intimidade antes...!- falou ele e revirou os olhos.

Antes que Amber respondesse Becky segurou meu rosto com força, me assustando e fazendo meu irmão rir. Trouxemos a atenção novamente para nossas pessoas, mesmo eu não querendo aquilo.

- Isso minha jovem é para você não se apaixonar pelo seu futuro comprador.- falou ela fingindo cochichar em meus ouvidos. Ri de imediato, mas ela continuou séria.
- Oh! Grande senhora. Jamais irei me apaixonar por ele!- falei entrando na brincadeira.
- Vamos ao que interessa, senhora Valentine. Qual é o preço do dote?- perguntou ele fingindo estar impaciente.- Me diga rápido, caso contrário, irei levar outra garota achando que essa tinha alguma doença.
- Ela custa cinco barras de chocolate, dois refrigerantes gigantes, três pizzas, filmes de romance e muitas outras coisa não saudáveis.- disse ela sorrindo. Meu irmão riu.
- Só isso?- perguntou ele com uma de suas sobrancelhas arqueadas.
- Não. Ela tem que voltar para o nosso dormitório sã e salva até as 23h00 pm, sem atrasos.- falou ela.
- Mas eu a estou comprando...- tentou ele.
- Sim, mas nesse primeiro ano ela deverá se manter por perto. É apenas para acostuma-la com a nova vida!- respondeu ela rapidamente.

Como eu estava no meio, ficava mexendo a cabeça de um lado a outra, parecendo uma torcedora de jogo de pingue-pongue.

- Certo... irei confiar na senhora, por breve. Mas na primeira que me aprontares sairei desse acordo imediatamente.- falou ele estendendo sua mão direita.

Rebecca sorriu e apertou a mão de meu irmão, como se estivessem fechando mesmo um acordo.

O pessoal a volta de nossa mesa começou a aplaudir e foi aí que eu percebi que durante todo o tempo fomos observados. Senti minhas bochechas arderem. Logo meu irmão e Becky me abraçaram, assim que nos soltamos fizemos uma leve reverência aos nossos telespectadores.

- Agora é sério... vamos (Seu nome)?- perguntou meu irmão estendendo sua mão direita em minha direção.
- Vamos.- falei segurando sua mão e fazendo uma reverência ele e nossos amigos riram do meu gesto.- Até mais meninas.- me despedi mandando beijos a todos, enquanto meu irmão me puxava para fora do refeitório.

Andamos um pouco.

- Temos outra missão!- falou ele simplesmente.

No mesmo momento senti meu coração acelerar e fiquei encarando meu irmão, mas eu não conseguia o ver.

- Você está pronta?
- Eu...
















Nota da autora: E aí? Demorou, mas saiu. Vou ver se a escola e o outro blog onde posto (sem ser o meu, no caso o Yep) me permitem um tempo, e eu posto o próximo capítulo. Beijos e até! xXx
P.s.: Ignorem os erros gramaticais.

















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6 comentários:

  1. Oukay oukay oukay gostei muitao do final ta muito lecau seriao .
    Continuaa plis eu necessito de algo pra me focar nesses mome tos ...
    Bjss

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  2. Kra de vdd sua fic ê uma das mais perfeitas q eu já li, ela tem tudo: mistério, comédia até romance vc acha nela. Kda cap me traz mais dúvidas, junto disso ansiedade para o próximo cap. Sério kra sou sua fã!!! OMJ!! Eu presciso da continuação logo!!!
    Ass: Juliana
    XOXO

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  3. Véi, sério te amo muitão, o que seria da minha vida sem vc??

    Só eu que estranhei a Andreza pedir desculpa? Eu fiquei tipo: "OMG. A Andreza sabe pedir desculpas?" Tá divíssimoney *3*

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    1. Eu tbm achei mt estranho, e suspeito q tenha a ver com esse tal acordo.

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    2. Como vocês são malvadas... Eu não coloquei uma segunda intenção, mas agora que me deram ideias.... Muahahahaha!
      Beijos xXx

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