Power- Capitulo 01

Capítulo 01

"Estava chovendo muito e eu estava correndo perdida no meio daquela floresta escura, não sabia mais para que lado ir, então decidi parar para respirar um pouco. Quando parei e inspirei o ar, meu pulmão e costelas doeram, muito. Fiquei apenas inspirando e expirando por alguns poucos minutos, pois logo ouvi passos atrás de mim, instantaneamente me virei na direção do barulho e não vi absolutamente nada, tirando a terrível escuridão que me cercava.

Respirei fundo novamente. E logo pude ouvir o barulho de um galho se partindo bem atrás de mim. Eu queria correr, mas meu corpo e mente entraram em choque.  Estava mais do que assustada. Outro barulho. E esse foi mais perto e como se fosse o gatilho de uma arma, acabou me despertando daquele estado deplorável de choque, na primeira oportunidade sai correndo desesperadamente. Corri. Corri. Corri...

(Finjam que é uma floresta)

Quando já estava mais do que cansada, parei. Respirei fundo e rapidamente, fazendo com que todo o meu corpo sentisse dor e sem um pingo de forças para me manter em pé, caí de joelhos. Tentei ritmar meus batimentos cardíacos, mas toda vez que um barulho chegava aos meus ouvidos me assustava mais e mais. Após um bom tempo em silêncio e já com a minha respiração normal, resolvi me levantar.

Levantei e bati minhas mãos de leve em cada um dos joelhos para retirar a poeira que havia ali. Depois de ter realizado tal ato, levantei minha cabeça com a sensação de estar sendo observada, dirigi meu olhar até onde meu 'sexto sentido' estava 'apitando' e lá estava os olhos, verdes como esmeraldas quando o Sol entra em contato.

Aqueles olhos que andava me perseguindo ultimamente. Me assustei e abri a boca para gritar, mas antes que o fizesse ele colocou suas mãos geladas sobre minha boca.

- Não grite, anjo! Eu jamais lhe farei mal algum.

Ele logo deu um sorriso macabro e levantou uma faca em minha direção. Fechei os olhos esperando pelo primeiro golpe, mas nada aconteceu. Então abri meus olhos lentamente. Ele me encarava sério.

- Já disse que jamais lhe farei mal algum.

De repente ouvimos um grande estrondo. Ambos olhamos para a direção contrária a nossa. Olhei para o céu e vi os pássaros voando assustados, assim que olhei para a direção de onde eles vinham vi uma grande sombra negra, na qual só exalava pura maldade e morte. 

(Finjam que está em uma floresta)

Aquilo estava me mantendo intacta, como se estivesse me chamando. Voltei a realidade quando os olhos me sacudiu.

- Você tem que fugir daqui, anjo! Corra e não olhe para atrás, entendeu?

Assenti positivamente com a cabeça. Ele me abraçou, me soltou, me virou de costas para ele e me empurrou para longe dali.

Estava sozinha novamente, porém ainda me sentia observada. Quando virei para a direção onde estava, me assustei. Lá estava aquela sombra se aproximando, logo já estava sendo sufocada por ela, a única coisa que fiz foi gritar. Gritava e gritava, mas ninguém me ajudava. Quando parecia que tudo estava acabando algo acertou meu coração e minha força para gritar se esgotou. A ultima coisa que ouvi foi:

- Te achei!- falou ele segurando meu braço com força..."

Acordei assustada, meus pais e meu irmão entraram no meu quarto correndo, mas logo pararam e me olharam assustados, olhei ao meu redor e tudo estava flutuando. Pisquei algumas vezes sem acreditar naquilo e quando finalmente a minha ficha caiu, gritei e tudo caiu ao chão, inclusive minha cama e eu.

Meu pai rapidamente veio ao meu encontro e me abraçou, logo sussurrou em meu ouvido que tudo iria ficar bem, mas eu sabia que não era totalmente verdade.

Após algum tempo em completo silencio, eu respirei fundo e falei que já estava melhor. Eu só queria dormir, não sei como, mas eu sentia todo o meu corpo cansado. Era como se esse pesadelo e a cena das coisas ao meu redor flutuando sugassem minha força.

Me soltei do abraço do meu pai e me ajeitei em minha cama. Como eu pude fazer isso tudo?

- Nos diga o que você sonhou isso ajuda, que tal?- propôs minha mãe sentada ao meu lado enquanto afagava meu cabelo.
- Pode ser!- concordei prontamente e suspirei. Esse pesadelo havia sido diferente de todos os outros, era mais real. Olhei meu braço e lá estava a marca da mão dele. Meu pai e irmão ficaram assustados já minha mãe deu pequeno grito, na qual meu pai a repreendeu com apenas um olhar. Fiquei encarando aquela marca. Como é possível?
- Filha?- chamou meu pai. Eu o olhei ainda confusa.- Nos conte sobre esse pesadelo.

Respirei fundo e olhei novamente aquela marca. Olhei para os meus pais, mas não mantive meu olhar neles e sim no meu irmão, ele me encarava curioso e preocupado, ele apenas deu uma leve acenada com a cabeça. Logo, já estava contando tudo o que meus pais queriam sem tirar nem por, tudo no mínimos detalhes.

- Amanhã conversaremos melhor, mas saiba que você mudará de escola.- falou meu pai, me dando um beijo na testa e saindo apressado do meu quarto.
- Tenha uma boa noite, filha! Amanhã conversamos melhor, apenas descanse, certo?- perguntou minha mãe e eu apenas assenti positivamente. Ela deu um beijo em minha bochecha, deu um beijo em meu irmão e saiu do quarto.

Assim que não ouvi mais barulho nenhum no corredor, dei dois tapas no lado vazio da minha cama, na qual foi rapidamente ocupado pelo meu irmão. Ele se deitou perto de mim e me abraçou.

- Vai me contar como fez aquilo ou eu vou ter de descobrir?
- Não sei do que você esta falando!- respondeu ele simplesmente.
- Odeio mentiras!- me exaltei, mas logo voltei a ficar calma.- Você me prometeu que entre nós dois não haveria segredos, Ben.
- Eu sei e peço desculpas, mas eu ainda não posso te contar nada.- ele respirou fundo.- Não enquanto o papai, não deixar.
- E o que tem demais em eu saber?- perguntei curiosa
- Tem muitas coisas, mas vamos dormir. Amanhã será um longo dia.- suspirou ele depois de falar.
- Bons sonhos, Ben!- desejei sinceramente.
- Bons sonhos, Seuapelido'!- desejou ele me dando um beijo na bochecha.

Após alguns minutos recebendo cafuné em minha cabeça adormeci.

[...]

Acordei com os raios de Sol batendo em meu rosto. Me espreguicei e pulei para fora da cama, corri até meu banheiro, tomei um banho rápido e fiz minhas higienes, assim que terminei, coloquei a primeira roupa que vi e fui para a cozinha onde estavam todos reunidos com expressões extremamente séria.

Me sentei junto a eles e começamos a comer em silêncio. Aqueles minutos em silêncio estavam me irritando.

- Vamos ficar nesse silêncio extremamente chato?
- Temos que conversar.- me pai falou sério.
- Tudo bem, pode falar. Sou toda ouvidos!- falei animada e curiosa.
- Você vai mudar de escola.- falou ele me olhando no olhos.
- O quê? Por quê?- perguntei curiosa e irritada.
- Porque você sabe que essa não foi a primeira vez que isso aconteceu e sabe ou sente que não será a ultima.
- Eu sei....mas eu só queria entender o por quê?
- Porque você já deve ter percebido que é diferente das outras pessoas...
- Sim, já percebi, mas o que tem a ver?- perguntei ainda mais curiosa.
- Vai deixar eu terminar?- perguntou ele extremamente sério.

- Vou sim!- respondi.
- Como eu dizendo você é diferente das outras, pois possui alguns, como lhe dizer...?
- Poderes, pai?- sugeriu meu irmão.
- É uma boa definição. Mas não se preocupe porque há outros como você, um exemplo disso é a nossa família. Seu irmão tem poderes bem interessantes, sua mãe consegue manter a calma e a ordem, já eu posso fazer muitas coisas, contudo você não precisa saber deles, não agora.- ele me olhou nos olhos e respirou fundo.- Irei lhe explicar sobre tudo o que quiser, mas só depois porque agora tenho que ir me encontrar com o futuro diretor da sua nova escola. Com licença!!

Realmente tudo isso é muito para qualquer um. Em um dia sou uma garota 'normal' e depois sou um garota especial que tem poderes?

- Seunome? Olá?- chamou meu irmão estalando com os dedos na frente do meu rosto.
- Hum?- foi o único som que soltei de minhas cordas vocais.
- Você esta bem?
- Estou ótima! Já que é super normal saber dessas coisas no seu café da manhã.- respondi irônica.
- Só queria saber em como posso te ajudar, garota estúpido!- falou ele todo ignorante.
- Ignorante, cadê a minha mãe?
- Foi acompanhar nosso pai. Com licença que tenho coisas a fazer.- falou ele se levantando e se retirando rapidamente da mesa de jantar.

Eu logo me levantei e fui direto para o meu quarto.

Então tudo indica que eu irei ficar o meu domingo inteiro presa aqui. Mais uma vez eu estava sozinha, apesar de me sentir sendo observada em boa parte do tempo, meu irmão preferia sair de casa ao invés de ficar com uma garota problema como eu. Meu pais acham que sabem o melhor para eu.

Realmente essa não foi a primeira vez que algo sobrenatural desse tipo aconteceu, me lembro como se fosse ontem daquele parque, porém as coisas não podiam ser menos complicadas e mais fáceis?

Flash Back On

Ter cinco anos completos é extremamente legal, pois você pode brincar com outras crianças em diversos parque, igual ao que eu estou no momento.

Estava brincando de esconde-esconde com outras crianças, mas sempre sendo vigiada por Chase meu irmão mais velho.

Já fazia alguns minutos em que eu estava escondida atrás de uma grande árvore. Eu estava cansada, então acabei me sentando naquele gramado macio e verdinho. De repente percebi que tudo havia parado ao meu redor e a sombra apareceu. Ela estava se aproximando mais e mais de onde eu estava, fechei meus olhos com medo do que poderia acontecer e tentando acordar de um possível pesadelo, mas algo em meu íntimo me dizia que aquilo era verdade e não minha imaginação ou o meu sub consciente.

Respirei fundo. Uma. Duas. Três vezes. Mas parecia que quanto mais eu respirava mais eu ficava sufocada. Até que eu abri meus olhos e a sombra tinha tomado forma, ela estava na minha frente. Seus olhos eram tão escuros, tão hipnotizantes e ao mesmo tempo tão repelentes de qualquer contato.

Eu me assustei e quando gritei, a sombra se afastou assustada e me olhou com um olhar malvado. Senti medo. Muito medo.

Quando eu menos esperava ele me segurou pelo pescoço me deixando suspensa no ar, não conseguia respirar. Eu entrei em pânico.

Logo, me irmão apareceu e gritou algo que eu não entendi. A última cena que me lembro é da sombra me dizendo: "Nos veremos de novo."

Não sei por quanto tempo eu dormi, mas sei que quando eu acordei estava na minha cama. Sai da mesma e cambaleante fui até a sala, onde se ouvia vozes gritando, mas tudo se silenciou quando eu pisei no ambiente. Olhei para todos ali presentes, não lembro como era a feição de nenhum deles. Olhei para Chase e ele sorriu, eu retribui e corri para o seu colo.

Flash Back Off

Acordei assustada, estava soando muito. Ouvi um barulho no andar de baixo. Me assustei mais um pouco. Após alguns segundos, corri até o meu closet e peguei um taco de beisebol, fui até a porta do meu quarto e abri a mesma com calma. Sai porta a fora e quando eu estava na escada, eu vi...











E então? Estão gostando? Quem vocês acham que a "Seunome" viu? Comentem!!


















                                                                                                                     Próximo Capitulo