27 abril 2014

Power - Capitulo 02

Capitulo 02
Estou de volta *-*


Acordei assustada, estava soando muito. Ouvi um barulho no andar de baixo. Me assustei mais um pouco. Após alguns segundos, corri até o meu closet e peguei um taco de beisebol, fui até a porta do meu quarto e abri a mesma com calma. Sai porta a fora e quando eu estava na escada, eu vi...

Como era possível isso? Meu pai disse que ele havia desaparecido.

- Chase? É você? Como é possível?- perguntei para eu mesma, mas foi alto o suficiente para faze-lo se assustar e me olhar.

Chase era extremamente lindo, aos meus olhos e ao das outras garotas, pois possuía um magnífico par de olhos azuis extremamente claros, moreno com um físico de dar inveja, me lembro de sua barriga de tanquinho, seus cabelos excessivamente pretos, lisos e arrepiados em um topete descolado. Ele odiava que alguém mexesse em seu cabelo, mas comigo era exceção, pois eu podia ficar mexendo em seus cabelos. Me lembro também que Chase tinha uma personalidade difícil de ser esquecida, pois ele sempre era determinado em tudo o que queria e quando ele prometia algo, ele sempre dava um jeito de cumprir mesmo que demorasse. Contudo, me lembro melhor do dia em que ele desapareceu, pois foi quando pela primeira vez em milênios que a família Hunt caiu. Mas agora Chase estava diferente de tudo aquilo que eu lembrava, de algum modo eu sentia que seu coração estava mais gelado que o normal. Era como se ele estivesse sendo controlado. Esse, absolutamente, não era o meu Chase.

- Seunome?! Como você cresceu, anjo!- falou Chase me tirando dos meus devaneios.
- Sim eu cresci, mas por onde você andou? Nossos pais, nossa família, o Ben e eu ficamos preocupados, ainda estamos.- Chase me olhou fundo nos olhos e de repente uma corrente de ar gelado passou me fazendo arrepiar. Olhei pelo andar inteiro atrás de uma abertura qualquer e vi uma janela quebrada, aposto que havia sido ele que quebrou, mas por que se as chaves não mudaram? Minha mãe nunca quis mudar porque tinha esperanças dele voltar e não haver ninguém em casa para recepciona-lo. Quando voltei a olha-lo, ele estava diferente novamente, mais sério e frio, ele me olhava com um sádico.
- Não há tempo para isso, garota!- falou ele sadicamente.

Ele começou a andar na minha direção, eu por instinto subi um degrau.

Toda vez que ele dava um passo, eu subia um degrau, após segundos nessa batalha psicológica, talvez, eu me encontrava no topo da escoda com apenas dois degraus nos separando. Olhei para as duas opções disponíveis (corredores e escada) e quando percebi já estava deslizando pelo corrimão abaixo. Assim que coloquei meus pés no chão, sai correndo em direção a cozinha, na esperança de sair pela porta dos fundos.

Quando eu estava com a mão na maçaneta da porta, algo me puxou com violência para trás e me arremessou como uma bola em direção a um balcão. Senti minhas costas doerem e eu comecei a tossir. Tentei me levantar, porém fui surpreendida por um soco. Meu rosto ardeu como nunca e a dor era intensa. Levantei meu rosto na direção do meu agressor, mas antes de ver seu rosto, senti outro soco e logo uma sequência de socos e chutes se iniciou.

De repente, tudo parou e eu não sentia mais dor alguma. Meu corpo estava formigando, eu não estava ouvindo nada ao meu redor, em meio a todo aquele provável sangue que escorria pelo meu rosto, eu conseguia enxergar dois vultos brigando feio. Ambos não estavam se socando, apenas discutiam algo e um deles, as vezes, dava empurrões no outro. Em uma dessas vezes, o que era empurrado, parecia que iria revidar a qualquer instante, mas se conteve e apontou em minha direção.

Na hora senti meu corpo gelar de medo. Tentei me mexer, porém meu corpo não obedeceu as minhas tentativas e ao invés disso, senti dor. Muita dor!

Então, me senti extremamente cansada e minha visão ficou turva, os sons ficaram distantes e em um piscar de olhos, desmaiei.

[...]

Pareceu horas desde o momento em que piquei meus olhos pela ultima vez.

Abri meus olhos lentamente, pois ainda estava cansada e sentia dores. Observei ao meu redor e ainda me encontrava jogada no chão de mármore branco, que agora já não estava mais tão branco, tingido com o vermelho do meu sangue na cozinha, contudo a única diferença era a falta da luz solar que fora trocada pela escuridão e pela fraca luz da Lua Cheia, que pela janela da cozinha podia ser observada perfeitamente.



Fiz um pouco de força e consegui me deitar de lado. O chão gelado não estava me ajudando em nada, mas era melhor do que tentar levantar e perder uma batalha que já estava ganha.

Senti aquele cansaço enorme voltar e meus olhos pesaram novamente, mas ao invés de me entregar a solitária escuridão, me entreguei ao maravilhoso mundo dos sonhos. Onde tudo era bom e perfeito, onde nada poderia me machucar.

[...]

Acordei com barulhos na fechadura da porta da cozinha.

Meu coração acelerou e uma carga considerável de adrenalina foi colocada a posto, pronta para ser descarregada. O medo de ser, novamente, os meus agressores havia voltado e tomava conta da minha razão. A porta começou a ser aberta.

Eu precisava fazer algo, então fiz a única coisa que passou por minha mente. Fechei meus olhos e fingi estar desacordada.

Assim, que ouvi a porta ser aberta por completo, senti a dose de adrenalina ser descarregada.

- Mas que merda é...Seunome'!- ouvi me gritarem e isso não ajudou a minha condição física e mental do momento.

Logo, passos vindo em minha direção foram ouvidos.

- Meu Deus! 'Maninha'? O que fizeram com você?- perguntou alguém que eu conhecia extremamente bem.

Ainda assustada, abri meus olhos e encontrei o par de olhos verdes/azuis do meu irmão. O mesmo me olhava preocupado.

- Meu....corpo...dói!- falei entrecortado.
- Eu vou cuidar de você...Prometo!- falou Benjamin, me colocando de barriga para cima, logo passando um dos braços por baixo das minhas pernas e o outro pelo meu pescoço, me tirando do chão. Fechei então meus olhos.

Ele começou a andar. Eu pensei que estávamos indo para o meu quarto, porém quando o vento gelado, resultado do inicio do inverno, bateu em minha pele me fazendo arrepiar, percebi que estávamos fora de casa. Abri meus olhos e vi a Lua brilhando naquele céu tão escuro e intenso.

Senti, de repente, a temperatura quente e o estofado macio do carro de Benjamin. Após, poucos minutos o carro saiu em movimento ao seu único e provável destino: o hospital.

Não me recordava do por que, mas eu odiava aquele lugar. Minhas lembranças sempre me mostrava um local com paredes e tetos cinzas, onde as crianças não demonstram nenhum sentimento, pois pareciam robôs criados apenas para suprir algo.



O ambiente do hospital das minhas lembranças era cinza e monótomo.

Quando sai de meus pensamentos, percebi que o carro havia parado e meu irmão me pegava cuidadosamente em seus braços, como se pudesse me proteger de tudo.

Ele, praticamente, correu até a recepção do hospital. Eu ouvia as vozes, todas elas, mas não conseguia vê-las.

Fui colocada em um colchão macio, apesar de ser um pouco mais fino que o normal ou a sensação dele ser macio devia-se ao fato de eu estar toda quebrada e dolorida.

Eu conseguia enxergar as luzes que ficavam no teto passando e eu ficando mais cansada, logo as luzes se aceleraram e eu conseguia sentir meu coração diminuir as suas batidas. Olhei uma ultima vez as luzes antes de adormecer forçada.

[...]

Não sei o que aconteceu ao certo, mas quando abri meus olhos, fechei-o imediatamente. Todo aquele branco de uma só vez me deu dor de cabeça.

Respirei fundo. Uma, duas, três, quatro vezes. Tentei abri meus olhos novamente, só que dessa vez, eu os abri calmamente.

Observei ao meu redor e eu não achei nada parecido ou semelhante que as minhas lembranças. Ao menos o quarto hospitalar onde eu estava era grande, tinha uma TV, um armário, um sofá espaçoso de três lugares, uma poltrona reclinável, todos com cores claras. Já as paredes eram brancas e havia quadros com pinturas 'vivas' penduradas. O teto era preto com várias estrelas adesivas coladas, ele me lembrava o Universo.

Tentei adivinhar por quanto tempo eu dormi, pois o dia estava perto de seu pôr-do-Sol. Pude perceber isso através dos finos tons de laranja no meio do lindo azul celeste.

Olhei ao meu redor e pude ver um botão vermelho, não fazia ideia do que aquilo fazia, mas mesmo assim apertei. Alguns minutos e uma enfermeira entrou afobada no quarto, todavia sorriu quando me viu a encarando.

- Como se sente?
- Perdida.- respondi sinceramente.
- Certo! Alguma dor?
- Um pouco de dor de cabeça.
- Dê 1 a 10. Qual seria o intensidade da sua dor?
- Acho que 2. Afinal, que dia é hoje?
- Segunda-feira, dia 24 de fevereiro.
- Caraca! Perdi a primeira semana de aula.- falei fingindo falsa indignação e ela riu.
- Vejo que esta bem. Vou pedir ao médico responsável pelo seu caso para vir lhe ver e se tudo estiver certo, você poderá ir para casa amanhã.
- O.K.!
- Vou lhe dar esta injeção para você dormir e quando acordar se sentirá novinha em folha. Sem dor alguma.- avisou ela preparando algum líquido e colocando na seringa. Ela enfiou a agulha na minha veia, após realizar todo o processo necessário apagou a luz do meu quarto e saiu do mesmo, me deixando sozinha.

Olhei para o teto e vi as estrelas brilharem. Então, os adesivos eram florescentes? Quero alguns desses.

Levantei minha mãos como se pudesse tocá-las. Ah! Doce remédio!













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14 comentários:

  1. 24 de fevereiro - meu níver u.u
    Pftoo continuaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

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  2. Continuaaaa seu imagine ta mto pftoooo

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Amandooo continuaaa

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  5. Obrigada por comentarem, isto é, realmente muito importante para eu.
    Fico feliz em saberem que estão gostando.

    Ps: Odeio quando tenho escola, pois fica muito complicado para postar.

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  6. Nuss, Agatha minha filha, vc merece um Oscar, tá per-fect, véi. Nada a declarar, somente que continue e rápido!! Fiquei preocupada pq vc sumiu!! Mesmo assim tô amando *3*... Malikisses e Horanhugs...
    ~~Manú Malik ^^

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  7. Minha prima tem essas estrelas no teto do quarto,eu adoro qd fica td escuro *u*
    Nossa vc sumiu,ja tava meio assustada com isso.
    Continue :3
    Xx

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    1. Desculpa pelo sumiço, mas fiquei sem meu Notebook. Depois, explico melhor o que houve no próximo capitulo.
      Beijos e até! xXx

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  8. cccccccccccooooooooooooooooooooonnnnnnnnnnntiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinuaaaaaaaaaaaa mulherr
    to anciosaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
    essa fic parece simplesmente PERFEITA

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  9. Minha nossa continua please tah otimo

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  10. Uau uau uau!!! Continua gatinha, pq o mistério dói!!! Kkkk, beeeijo

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  11. Continua please
    Caraa , to amando...meninaaaaa , vamooos!!!!
    Mds vc escreve mt beeem!Cooont please pleasee

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