10 maio 2014

Power - Capitulo 03




Levantei minha mãos como se pudesse tocá-las. Ah! Doce remédio!

[...]

Acordei com os som dos pássaros cantando loucamente na arvore que havia perto de minha janela. Abri os olhos lentamente sentindo um grande incomodo graças aos raios solares que invadia todo o quarto.

De imediato fechei os olhos por causa luz que incomodava a minha visão, causando fortes dores de cabeça e nos olhos (?). Respirei fundo e resolvi abri meu olhos novamente, dessa vez com calma.

Olhei ao meu redor e pude perceber que me encontrava no mesmo quarto hospitalar. Fiquei sem fazer nada por vinte minutos e quando o tédio me abateu, foi como se o juiz tivesse dado a ordem para largada de um corredor. Eu como uma ótima pessoa, fiz tudo o que sabia que não poderia.

Me descobri e sentei na cama, respirei fundo. Coloquei meus pés para fora da cama. E, logo, pude ouvir aquele som irritante da máquina que acompanha meus batimentos cardíacos acelerar, resolvi arrancar aquilo do meu peito, doeu, afinal aquilo era um adesivo. Assim que tirei aquilo, me senti livre, em partes. Dei dois pulinho para a frente, ficando na ponta da cama. Dei um pequeno impulso e consegui colocar meus pés no chão.

Como o esperado não consegui me manter firme e cai. Respirei fundo novamente.

De repente, senti uma forte queimação nos olhos e quando cai em si, já estava de pé. Rapidamente, caminhei até a porta carregando aquele 'cabide' onde se coloca o soro. Abri a porta calmamente. Após abri-la coloquei minha cabeça para fora e observei os meus dois lados. Não havia ninguém, então sai do meu quarto e comecei a andar pelos corredores.

Após alguns minutos andando em círculos, ao menos era o que parecia, pois todos os corredores eram muito parecidos uns com os outros, resolvi parar e respirar fundo.

Assim que parei, além de ouvir o som do meu coração, pude ouvir o som de uma voz fininha, parecido como de uma criança. Resolvi seguir a voz. E de imediato paralisei.

Lá estava as paredes de minhas lembranças.

Cinzas e sem vida alguma. Senti meu corpo arrepiar instantaneamente. Porém, continuei andando.

A pergunta que não queria calar em minha consciência era um simples Por quê?, por quê eu me lembrava dessas paredes, mas não me lembrava do que havia acontecido nesse hospital?

Continuei andando e ouvi meu nome ser sussurrado. Seunome. Olhei ao meu redor e não havia nada nem ninguém por perto. Andei mais um pouco por aquele extenso corredor, até que cheguei ao final dele, eu estava em frente a uma grande porta branca. Respirei fundo e abri a mesma que me revelou um enorme jardim. Segui pela trilha que havia ali. Observei bem aquele local e se não fosse pelas rosas mortas seria o lugar perfeito.



Me aproximei das rosas e peguei uma em minha mão. Fiquei a encarando, quando ela começou a ganhar vida.



Depois de tanto tempo dei meu primeiro sorriso sincero.



Fui interrompida quando ouvi o som de passos se aproximarem da onde eu estava. Tratei de me esconder no meio de todas aquelas rosas. Me machuquei com algumas delas por conta dos espinhos. Mas, pude ver um homem todo de preto passar, pensei em ir atrás, contudo seria complicado correr se fosse preciso com o soro em mãos.

Decidi pelo mais óbvio. Voltei para o meu quarto rapidamente.

Assim que abri a porta, senti vários olhares sobre a minha pessoa e logo senti ser levantada do chão. Observei melhor e vi meu irmão me carregando até a maca. Bufei e revirei os olhos.

- Você é maluca ou o quê?- perguntou Ben exaltado.
- Só queria saber o que está acontecendo. Este quarto estava me deixando louca!- respondi calmamente.
- Você não deveria ter saído sem pedir ou avisar, filha!- falou meu pai com calma.
- Eu sei e peço desculpas.
- Bom, agora que a paciente fugitiva voltou, já posso fazer os exames necessários e te dar alta.
- Sério?? Já vou poder ir para casa??- perguntei animada.
- Claro!- respondeu meu médico sorrindo.

[...]

Finalmente estava indo para casa.

Assim que o carro parou, sai do mesmo e senti braços fortes me segurarem pela cintura. Olhei quem era e vi meu pai, ele sorriu e eu retribui. Pensei em falar que não precisava daquilo, mas não queria magoar seus sentimentos.

Adentramos a nossa casa e ele me deixou sentada no sofá. Respirei fundo e pela primeira vez eu olhei ao redor. As coisas estavam diferentes, talvez minha mãe achasse que mudando as coisas do lugar me fariam esquecer o que eu havia sofrido nesta casa, mal ela sabe que isso será impossível. Afinal, meu irmão mais velho que deveria estar desaparecido, estava no momento em que fui agredida.

Depois que percebi que ninguém iria aparecer por ali, sai em disparada para o meu quarto e claro que tive alguns probleminhas para subir a escada, mas assim que subi e entrei em meu quarto, fechei a porta e me encostei nela sorrindo.



Pulei em minha cama e resmunguei pela dor que me atingiu logo depois. Fiquei deitada por um tempo até resolver ir tomar banho.

Andei até meu closet e peguei uma roupa qualquer. Depois fui direto para o banheiro, onde me despi e abri o registro do chuveiro, fazendo com que a água caísse. Coloquei uma mão embaixo da água e ela estava muito quente, no mesmo instante abri o registro mais um pouco fazendo com que a água ficasse morna. Então entrei de baixo daquela cascata, senti algumas dores devido a alguns hematomas. Comecei a me ensaboar e me enxaguei, para logo em seguida passar shampoo em meu cabelo para depois enxágua-lo, fiz a mesma coisa com o condicionador. Demorei mais alguns segundos até resolver fechar o registro. Peguei a toalha que havia pendurada ali, me sequei e com outra toalha enrolei meu cabelo. Coloquei minha lingerie e passei o rodo pelo piso do banheiro. Sai do mesmo enrolada na toalha. Caminhei até a minha cama, tirei a toalha do meu corpo e vi os hematomas. E, sinceramente, estava horrível. Tinha na perna esquerda, no rosto, nos braços e na barriga. Respirei fundo e agradeci pelo começo do inverno, afinal se não como eu iria para a escola?

Coloquei minha roupa, juntamente com as pantufas e sequei meu cabelo. Após secar o meu cabelo, resolvi ir comer alguma coisa, então sai do meu quarto. Desci as escadas e encontrei meus pais conversando, não dei importância e fui direto para a cozinha. Lá encontrei, em cima da mesa, um bolo maravilhoso. Peguei um prato no armário e um garfo na gaveta, andei até a mesa e me sentei, depois peguei a talher que cortava bolo, cortei um pedaço do mesmo e coloquei no prato. Me levantei, fui até a geladeira e peguei um suco de maracujá, depois fui até o armário onde guardava os copos e peguei um. Despejei o suco no copo e voltei a mesa, me sentei e comi o bolo tendo como acompanhamento o suco para tomar. Depois de comer, coloquei as coisas que sujei na pia e voltei para a sala, dessa vez meus pais notaram a minha presença e sorriram.

- Algum problema?- perguntei me sentando na poltrona que meu pai vivia sentado.
- Não! Preciso fazer uma ligação, querida. Sua tia ficou preocupada quando soube da sua internação de emergência.- falou minha mãe saindo da sala e indo para o escritório.
- Não entendi nada!- falei olhando para onde minha mãe foi.
- Dá um tempo para ela. Quando seu irmão ligou desesperado avisando que vocês estavam no hospital e no momento você estava passando por uma cirurgia, ela entrou em panico com medo de perde-la, assim como ela perdeu o Chase. Apenas deixe ela ver que não te perdeu!- falou ele se levantando e me abraçando.



- Eu amo você, papai!- falei ainda o abraçando.
- Eu amo você mais, minha princesinha!- falou ele me apertando em seus braços.- Não importa o que aconteça, não se esqueça disso.

Depois que ele disse isso senti um aperto forte no peito e um arrepio na espinha. Nos separamos do abraço e ele deu um sorriso enorme, como sempre dava, era um modo dele de me acalmar e dizer que tudo ficaria bem no final. Eu abri um sorriso tímido e lhe dei um beijo na bochecha.

- Bom, vou atrás da sua mãe!- falou ele e riu. Ele começou a sair da sala, mas parou e voltou até metade do caminho.- Não esqueça que amanhã você terá aula.
- Aff! Aula.- falei e ele gargalhou. Eu apenas revirei os olhos, ele saiu da sala por completo e eu estava indo para o meu quarto, porém tudo ao meu redor parou e lá estava ele.

"- Você não pode se esconder, pois ele vai achar você! E eu sempre acho, minha doce e amada, Seunome!- falou a mesma sombra do meu pesadelo.
- Quem é você, afinal?- perguntei receosa.
- Eu sou as trevas, a maldade, a guerra, a crueldade, a destruição e mais um pouco. Também sou a morte, mas me chamam de Sombra.
- Por que eu?
- Você logo irá saber, mas antes precisa saber quem realmente você é. Então, eu te pergunto: Quem é você?"

De repente tudo voltou ao normal, mas minha cabeça rodava e antes que caísse no chão senti alguém me segurar.

Fui colocada deitada no sofá, ainda não conseguia ver nada nítido, mas conseguia ouvir tudo muito bem. Minha mãe berrava para o meu irmão chamar meu pai. E quando minha visão voltou tinha três pares de olhares atentos na minha direção.

- O que houve??- perguntou minha mãe.
- Você esta bem?- perguntou meu irmão.
- O que você viu?- perguntou meu pai.

Ambos perguntaram na mesma hora e depois se entreolharam.

- Sombra.- respondi com calma e logo me sentando. Levei minha mão até meus olhos e subi até meu cabelo.

Não se ouvia nada além das respirações de todos. Aquilo era chato, então me levantei rumo ao meu quarto.

- Pera ai, mocinha! Onde pensa que vai?- perguntou minha mãe.
- Ao meu quarto dormir, pois amanhã tenho aula.- respondi e voltei a minha missão de chegar ao meu quarto.

Subi as escadas com calma, entrei em meu quarto e tranquei a porta. Fui até a minha cama e deitei. Meus pensamentos foram a pergunta que não queria calar. Quem sou eu?

Quem sou eu?

Eu não sei como responder a essa pergunta.

Acabei adormecendo após falhas tentativas de responder a essa pergunta.

[...]

Acordei com minha mãe afagando meu cabelo. Dei um sorriso e ela retribuiu. Me sentei na cama e cocei meus olhos.

- Vamos filha, sai logo dessa cama e venha tomar café. Logo seu pai irá levar você e seu irmão para o colégio.- falou ela levantando da minha cama e saindo do meu quarto, mas parou na porta.- Um aviso: está nevando.

Assenti com a cabeça como forma de agradecimento. Como ela abriu a porta se eu a tranquei?

Sai da cama e fui até meu uniforme que já estava pronto pendurado na porta do meu closet. Eu muito inteligente por baixo da saia coloquei uma meia calça cor de pele e por baixo do casaco/paletó coloquei uma blusa de frio. Afinal o inverno podia ser bem rigoroso se quisesse.

Assim que me vesti, tratei de fazer uma boa maquiagem para esconder os hematomas do meu rosto.



Assim que terminei, peguei minhas malas e desci rumo a cozinha. Deixei minhas duas malas na sala e fui a cozinha, chegando lá a mesa já estava bem movimentada. Me juntei a mesa e tomei meu café em silencio. Ainda estava com sono, então isso deve ser levado em conta.

Assim que terminei o café, fui praticamente arrastada até o carro do meu pai. Abri a porta do mesmo e entrei, sendo acompanhada pelo Ben que deu um sorriso besta em minha direção. Revirei os olhos e coloquei o cinto de segurança. Meu pai logo arrancou com o carro e em trinta minutos já estávamos na frente do colégio. Até que para um colégio interno está perfeito, mas não vamos dizer isso a ninguém.

Respirei fundo, tirei o cinto de segurança e abri a porta do carro, para sair do mesmo, meu pai já estava com as minhas malas em mãos assim como meu irmão, mas quando ele saiu do carro??

Andei lado a lado com meu pai e irmão, por onde passava recebia olhares estranhos de todos, aquilo incomodava ser aluna nova era uma merda.

[...]

Estávamos na frente da sala do reitor. Meu pai entrou na sala e demorou para voltar.

- Eles devem estar colocando as fofocas em dia.- falou meu irmão se jogando na cadeira ao meu lado.
- E demora tudo isso?- perguntei abismada com a demora. E antes dele responder a porta foi aberta mostrando meu pai que nos chamou para dentro da sala.
- Até que foi rápido!- cochichou meu irmão me fazendo rir.

Entramos na sala, fiquei encantada com a mesma. Parei de frente com a mesa do diretor, ele fez sinal para que nos sentássemos, foi o que nós fizemos.

- Então a senhorita é a famosa Seunome?
- Famosa não sei, mas sou sim a Seunome.
- Seu pai fala bastante sobre você. Prazer lhe conhecer, eu sou Owen Harrison, o diretor da High School Super Human e espero que goste daqui. A escola não é igual a da Suíça, mas será inesquecível.
- Prazer conhece-lo e espero gostar daqui.
- Bom, aqui esta um livro com todas as regras, informações e outras coisas importantes sobre a instituição. Levarei você até a porta de seu dormitório na qual você dividirá com mais quatro garotas, depois mandarei alguém lhe mostrar a escola. Pronta?- perguntou ele se levantando.
- Pronta!- respondi animada.

Ele foi até a porta e me esperou, meu pai me desejou uma boa aula, me abraçou e fez a mesma coisa com Ben. Saímos daquela sala e caminhamos quietos até um grande salão aonde dividia os dormitórios entre meninos e meninas. Meu irmão deu uma piscada de olho para eu e sumiu por um dos corredores.

Andamos um bom pedaço até pararmos em frente a uma enorme porta de madeira maciça de cor marrom.

- Aqui será o seu dormitório. Boa sorte com as suas companheiras!- desejou o diretor colocando uma das duas malas no chão.
- Obrigada...por tudo!- agradeci. Ele sorriu e virou as costas voltando pelo caminho feito por nós.

Respirei fundo e não tive coragem de abrir a porta. Então observei a porta por mais alguns minutos e pude ver o desenho de um pássaro. Eu finalmente criei coragem de abrir a porta, mas assim que coloquei a mão na maçaneta a mesma se abriu e de lá uma garota linda saiu. Ficamos nos encarando por alguns minutos significativos.

- Olá!!!! Em que posso ajudar?- perguntou a garota.
- O-oi. Eu...quer dizer...- respirei fundo.- O diretor disse que eu farei parte deste dormitório.
- Por que não disse antes??!!- perguntou ela animada. Confesso ela me assusta.- A propósito meu nome é Victoria. Victoria Briggs!- falou ela esticando sua mão direita em minha direção, eu apertei a sua mão e ela me puxou para um abraço apertado.
- Eu sou Seunome Hunt.- falei no meio do abraço.
- Sério??!! Da família Hunt?- perguntou ela mais animada.
- Sim.
- Vem, vamos entrar!- ela abriu a porta e pegou minhas malas. Eu balancei a cabeça negativamente e entrei.

Assim que entrei no quarto....













Nota da autora: um grande capitulo para compensar o meu sumiço. Espero que gostem! Beijos e até xXx





















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10 comentários:

  1. Feliz é esse Owen que fica na sala do Dumbledore huehue
    Continue :3

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    1. Concordo! Não sabia que tipo de sala colocar, então lembrei da sala do Dumbledore! *-* Harry Potter ever!

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  2. CONTINUAA..PFV PFV ..*-*

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  3. Posta posta por favor quando vai postar de novo?

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    1. Não se preocupe! Antes de domingo eu posto. No momento estou passando por uma transferência escolar, então tá complicado.

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  4. Amei *-* Cara é diferente de tudo o que eu já li, sério continua com isso e obrigada pelo cap grande ;p
    ~~Manú Malik ^^

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    1. Obrigada eu por ler a minha fic e comentar!

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    2. Na vdd eu q agradeço pela sua disposição de escrever :) x
      ~~Manú Malik ^^

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  5. Continuaaa please tah tipo super diferente soh que perfeito....tah otimo ...

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