21 junho 2014

Power - Capitulo 08

Maratona 3/5
Sinto falta do doce sabor da vida
Sinto falta das conversas
Estou procurando uma canção esta noite
Estou mudando todas as estações
Gosto de pensar que tínhamos tudo
Desenhamos um mapa de um lugar melhor
Mas na estrada sou a grande queda
Oh querida, por que você fugiu?


Após alguns minutos fui até o refeitório e lá encontrei algo extremamente nojento de se ver. Olhei para trás e vi os olhos dela se enxerem de lágrimas. Lágrimas essas que eu jamais poderia impedir de cair.

Estava totalmente enojada com tamanha traição. Niall estava agarrado com Petúnia, pois aquilo não era um beijo, e o pior era que ambos estavam no meio do patio onde qualquer poderia ver. Amber apareceu e seus olhos mostravam toda a dor possível.

Eu a olhei direto nos olhos dizendo a mesma que a protegeria de tudo e a apoiaria no que fosse, mas ela apenas balançou a cabeça assentindo, vi que ela respirou fundo e foi até eles.

Amber empurrou Petúnia com tudo, assustando ambos quando notaram quem era, enquanto Niall ainda estava atordoada? Tem coisa aí. Já Petúnia, logo fechou a cara e se preparou para bater em Aber, mas antes que a mesma fizesse algo eu me tele transportei até a sua frente.

- Não se atreva a encostar um dedo nela.- sentenciei irritada.
- (Seu nome)!- sussurrou Amby.
- Eu disse que iria te proteger, Amby!- falei e sorri a olhando.
- Seus olhos...- falou ela preocupada.
- Eu sei!- disse voltando a encarar Petúnia que logo foi cercada por suas "fiéis" escudeiras. Andreza e Katarina.

Eu não me sentia insegura como na maior parte do tempo. Dessa vez era diferente, pois eu me sentia poderosa e confiante, como se eu estivesse liberando a minha segunda personalidade. Nada me abalaria naquele momento e eu iria proteger Amber daquelas abutres, nem que tivesse que pagar com minha paz.


- Sabe estou aqui pensando sobre uma coisa...- comecei a falar.
- E você pensa?- perguntou Andreza se fingindo de surpresa.
- Afinal, qual é a graça em humilhar e destruir as pessoas? Para que tanta maldade?- perguntei curiosa e ansiosa pela mesmo no fundo já tendo uma resposta.
- Não há graça, mas eu sinto prazer, eu me sinto bem, me sinto livre. Coisa que a muito tempo você não é, certo Seunome? O mundo é feito e rodeado de maldade, então eu lhe pergunto porque eu deveria me machucar sendo boazinha, sendo que eu posso ser a vilã?- rebateu Andreza.
- E quem disse que você é a vilã?- retruquei.
- E por que eu não seria?- perguntou me desafiando.
- Pelo simples fato de você não ter maldade em seu coração. Toda essa sua pose de vilã não passa de uma armadura para se defender do mundo, você é como um gatinho assustado no meio de um temporal, tem medo da própria sombra se houver uma brecha. Então Andreza, não tente usar as minha amigas como escada para alcançar seus objetivos ilusórios, pois diferente de você eu luto pelo que acredito.
- Magnifico!- exclamou ela batendo palmas.
- O que é magnifico?- perguntei tentando me acalmar, pois ela estava me irritando profundamente.
- Você se fingir de mocinha, quando na verdade é a vilã de toda a história. Eu te conheço o suficiente para saber quem é você. Eu lembro de ver a maldade estampada em seus olhos e nos olhos de sua família inteira, afinal foi a sua família que dizimou outra inteira sem poupar ninguém...- falou ela deixando o resto da frase morrer. E pronto! Eu havia alcançado o limite de minha paciência.
- Quem é você para me dizer tais coisas? Quem é você para dizer que sabe quem sou, se no mesmo dia em que nos conhecemos você me virou as costas? Eu só tinha cinco anos e graças a sua família, fui excluída da sociedade em que vivíamos, por sua culpa eu tive de ir embora. Todavia, se eu sou a vilã da história, sou com todo o prazer e farei jus a causa, mas então eu lhe pergunto, quem você é no meio disso tudo?
- Sou só mais uma vítima!- respondeu ela como se fosse óbvio. Comecei a rir instantaneamente de sua resposta. Vítima? A onde?- Do que esta rindo?
- De você!- respondi em meio a risadas, respirei fundo e me acalmei.- Como você pode ser a vítima? Estamos no mesmo barco e a cada dia que passa ele afunda!- falei séria.

Ficamos em silêncio por poucos minutos, pois eu voltei a realidade assim que ouvi um soluço de Amber. Me virei para ela e dei um sorriso acolhedor, abri meus braços e ela me abraçou fortemente, apenas retribui o gesto. Porém, fui interrompida quando senti meus pés saírem do chão. Me soltei bruscamente de Amber e a mesma começou a flutuar também.

Olhei ao meu redor e vi Andreza com suas duas mãos esticadas em nossa direção, a mesma parecia fazer muita força para usar seus poderes. Dei um sorriso sarcástico e não me perguntem como, mas consegui descer Amber delicadamente de encontro ao chão, enquanto eu me mantinha suspensa no ar. Dirigi meu olhar a Amber que me perguntava mentalmente o que devia fazer para me ajudar.

- Apenas faça-a se irritar!- e dei um sorriso infantil em sua direção, a mesma retribui e segui com seu olhar a Andreza que logo teve seus olhos azuis ficando vermelhos de raiva. Fiquei curiosa com o que Amber poderia estar colocando em sua cabeça, mas era necessário irrita-la até o ultimo. Eu precisava saber do que ela era capaz de fazer antes de tomar qualquer atitude.

Quando me senti confiante o suficiente, a olhei intensamente e quando nossos olhos se encontraram, eu invadi a sua mente sem problemas algum. O problema era que o que eu vi me deixou mais abalada psicologicamente do que nunca.

Sua mente estava extremamente corrompida por mentiras, infidelidades, brigas, trapaças, traições e maldades sem escrúpulos algum. Até Hitler se visse sua mente ficaria assustado ou tentaria te-la como inspiração.

Senti meus olhos me incomodarem e logo, meus pés estavam de volta ao chão. Dei um passo a frente afim de ir até o fundo da mente de Andreza, mas uma mão em meu ombro me trouxe a realidade. E lá estava os olhos verdes me encarando profundamente.

- Você não é como ela, então não faça isso!- pediu Harry com sua voz rouca de sempre.

Inspirei profundamente e livrei Andreza de meus poderes fazendo com que a mesma caísse de joelhos no chão frio daquele pátio. Assim que a libertei me senti tonta, mas logo fui amparada por Amber que me abraçou assustada, eu retribui o abraço e como num passe de mágica nos tirei dali.

Puf!

Fui aparecer na sala de artes. Interessante!

Amber se afastou de mim, me lançando um sorriso tímido de agradecimento e foi se sentar em uma das várias cadeiras disponíveis naquela enorme sala. Fiquei um tempo apenas observando minha melhor amiga chorando e percebendo o quanto sua mente estava distante de tudo. Eu estava cansada de observa-la sofrer calada, então me aproximei calmamente para me sentar ao seu lado, assim que completei essa primeira tarefa com exito, me aproximei mais e quando estava praticamente grudada nela, a puxei para um abraço apertado.

Eu sabia que não precisava dizer nada naquele momento, pois ela sabia que eu estaria sempre ao seu lado sempre e outra eu não achava conveniente falar alguma coisa naquele momento.

Ela era o tipo de garota que merecia o mundo, mas o mundo não a merecia pelo fato de ser cruel e não estar pronto para recebe-la como ela merece. Após algum tempo, senti meus olhos pararem de arder e minha insegurança ganhar força.

[...]

O sinal já havia batido e nós tivemos a sorte de não haver aula naquela sala, pois ficamos as três aulas após o almoço presas naquela sala.

E ainda bem que ninguém veio a aquela sala, pois depois do ataque de raiva de Amber, aquele lugar precisaria de uma boa reforma.

Flash Back On

Fazia um bom tempo em que estávamos em silêncio naquela sala.

Infelizmente, Amby se levantou feito um foguete e tentou abrir a porta, porém foi uma tentativa falha. Ela então me encarou e caminhou na minha direção, pensei que iria apanhar, por instinto fechei os olhos e me encolhi.

Contudo, nada me aconteceu. Ouvi um barulho enorme e abri meus olhos. Vi Amby destruir vários quadros de desenhos em brancos, sendo completamente dizimados a pedaços de madeira e papel no chão aos seus pés.

- Idiota!- berrou ela.- Mil vezes idiota!- gritou ela socando uma parede.- Merda!- falou ela mais baixo com dor em sua mão, logo lágrimas voltaram a escorrer de seus olhos.- Como eu pude me apaixonar por ele? Ele me prometeu que jamais iria me machucar, Seuapelido! Mas na primeira oportunidade ele o fez.- falou ela e após começar a desabafar ela caiu de joelhos. Corri ao seu encontro para ampara-la meus braços. Assim que o fiz me sentei no chão gelado daquele local e deixei com que a cabeça de Amber repousasse em minhas pernas, comecei então a afagar seus cabelos, afim de acalma-la.- Tinha que ser logo com aquela garota, se fosse com outra talvez eu nem estaria sofrendo tanto, mas logo ela? O que eu fiz de errado? Fui uma má namorada? Deixei de abraça-lo? Beija-lo? Ama-lo? O que eu fiz?- perguntou ela com olhos marejadas me encarando.
- Sinceramente?- perguntei a olhando nos olhos e dando um pequeno sorriso. Ela apenas assentiu positivamente.- Você não fez nada de errado, Amby. Você o beijou, o abraçou e o amou, sendo que ainda o ama. Eu não acreditaria se eu não tivesse presenciado a cena de que Niall te trairia. Acho que eu não quero acreditar, pois eu sei que acabarei lhe protegendo mais do que o necessário...- suspirei e parei de falar.
- Eu te peço...não eu imploro se for necessário...mas me proteja dele! Por favor, (Seu apelido)!- pediu ela voltando a chorar.- Apenas não o deixe se aproximar de mim, ao menos não agora.
- Eu...- tentei formular uma frase.
- Por favor! Não me importo com as consequências.- disse ela após secar suas lágrimas. Ela então se sentou, segurou minhas mãos e me olhou nos olhos.- Me prometa que irá me proteger, prometa que não irá quebrar meu coração, que não irá me abandonar e que não irá deixar de ser a minha melhor amiga. Te peço que não me vire as costas. Porém eu lhe imploro para não fraquejar, para ser forte por mim. Promete?- despejou ela tudo de uma vez. Fiquei alguns segundos processando o que ela disse e quando minha ficha caiu não sabia o que fazer. Eu realmente não sabia nem o que pensar, então resolvi fazer o impensável.
- Prometo!- falei com firmeza.

Flash Back Off

Agora que tudo estava mais calmo, eu tinha que me preocupar em como sair daquela sala. Teria que usar meus poderes, mas como?

Respirei fundo. Uma. Duas. Três. Incontáveis vezes.

E nada de achar uma solução. Bufei irritada e esse ato pareceu chamar a atenção de Amby, pois a mesma me encarou curiosa.

- O que houve?- perguntou ela calma com sua voz angelical.
- Temos um problema! Um enorme problema.- falei passando a mão da minha testa para a nuca, tendo como trajeto o meu cabelo. Eu provavelmente teria cabelos brancos antes do tempo previsto.
- Que problema?- perguntou ela ainda calma. Essa garota é mais bipolar que eu, só pode.
- Estamos trancadas nessa sala e digamos que graças a sua destruição não podemos berrar por socorro.- a respondi irritada.
- Isso não é um problema.- falou ela como se a resposta fosse óbvia.
- Não é? Então senhora obviedade me diga qual seria a resposta óbvia.- a desafiei.
- Basta você usar seus poderes como fez anteriormente.- respondeu ela séria. Eu bufei e fiquei em silêncio a ignorando.- Qual é? O que tem de errado nisso?- perguntou ela se irritando.
- O problema é que eu não faço a menor ideia de como controlar meus poderes, Amber.- falei em um sussurro e encarei o chão. Senti meus olhos arderem e lacrimejarem, mas eu não iria chorar. Logo senti os braços de Amber se prendendo ao redor de meu corpo em um abraço aconchegante.
- Desculpa! Eu não sabia disso.- pediu ela.
- Você não teria como saber. Eu é que devia começar a confiar em vocês que são minhas melhores amigas, sendo que vocês sempre me contam tudo e confiam em mim. Sinto muito, mas eu só não consigo confiar em vocês.- desabafei sentindo minhas lágrimas rolarem lentamente pelo meu rosto.
- Não se preocupa com isso, afinal você não tem culpa. Pelo que percebi tudo se deve graças a Andreza e seu passado, mas não se prenda a ele, (Seu nome). Saia e seja livre, seja feliz. Se desprenda dele, enquanto pode ou então você irá viver uma vida de arrependimentos.- falou ela depois que me soltou do abraço para me olhar dentro dos meus olhos.
- Obrigada!- agradeci dando um sorriso sincero.
- E sobre os seus poderes nós duas iremos dar um jeito de saber quais são eles e de controla-los.- falou ela firme.- Afinal, eu confio e acredito em você!

Aquelas palavras me deixaram confiante. Eu precisava ouvi-las em algum momento, ainda bem que foi no momento certo.

Como sempre senti meus olhos doerem. Vi Amber dar um sorriso vitorioso.

- Você conseguiu!- comemorou ela.- Seus olhos estão vermelhos, (Seu nome)!- ela então bateu palmas. Eu sorri timidamente.
- Temos que arrumar essa bagunça antes de sairmos daqui.- decretei.

Os objetos destruídos começaram a levitar e a rodarem no ar. Não demorou muito e tudo sumiu. Caminhei até estar ao lado de Amber, segurando em sua mão e sumindo da sala, respectivamente.

[...]

Estávamos em nosso dormitório, não sabia a onde as outras meninas estavam, mas a primeira coisa que fiz foi ir direto até meu quarto e tomar um banho bem demorado. Assim que terminei me joguei em minha cama.

Hoje definitivamente havia sido um longo dia e eu precisava dormir por um bom tempo.













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3 comentários:

  1. Cra..seu imagine eh incrivel...demais msm...continua logo se n eu tenho um treco aki...kkkk

    *__* thalia alievi*__*

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