15 abril 2015

Power - Capitulo 27

Now I know that you're up tonight
Thinkin' how could I be so reckless
But I just can't apologize
I hope you can understand

O.k.! Confesso que algumas coisas nunca mudam e minha paciência com aqueles seres ali ainda tinha limites. Limites estes que já estavam sendo ultrapassados.

- Bom, já que ninguém tem nada a me dizer... Vou voltar para a minha casa!- disse me levantando e fingindo me alongar.
- Não!- exclamou Ella.
- Não?- perguntei ficando irritada.- Por que não?- perguntei novamente só que dessa vez respirando fundo.
- Precisamos da sua ajuda...- começou Liam.
- Por isso pedimos ao Zayn para lhe encontrar.- completou Harry.
- Hum...- foi o único som que consegui emitir.
- Por que o Zayn?- perguntou Victoria irritada.
- Não entendi.- realmente eu não havia entendido a pergunta dela.
- Por que o Zayn? Por que sempre ele?- perguntou ela novamente.- Desde quando você veio para esta cidade, sempre foi o Zayn. Sempre que você precisava de um amigo, sempre foi o Zayn. Não importava o quanto qualquer um ao seu redor lhe estendesse as mãos, sempre foi ele.- acusou ela apontando de mim pra ele que observava tudo de braços cruzados em frente ao peito.
- Sério mesmo que você vai ter crise de ciúmes agora?- perguntou ele.
- Não é ciúmes!- exclamou ela contrariada.
- Não é o que parece, Victoria!- rebateu ele cansado.
- Me responda, (Seu nome)!- mudou ela de assunto.

Revirei os olhos e comecei a andar para fora daquela biblioteca.

- Onde pensa que vai?- perguntou ela duramente.
- Para o meu quarto!- dei meia volta e a olhei antes de dar de ombros e respondê-la.
- Não vai não!- ordenou ela.
- E quem irá me impedir?- perguntei autoritária fazendo com que a gravidade daquela sala mudasse.

Logo ali dentro começou a nevar e eu percebi que cada um deles se encolheu com frio.

- Não tente me obrigar a nada!- cuspi as palavras.- Você não sabe o quanto mudei nestes cinco anos.- alertei. E com um gesto de mãos tudo voltou ao normal.- Com licença!- pedi educadamente antes de me retirar.

Caminhei por aqueles corredores impedindo que qualquer lembrança invadisse minha mente. Respirei fundo e cheguei a sala de estar, foi ali que tudo aconteceu, por um momento precisei me apoiar a parede mais próxima. Minha respiração se acelerou e as imagens que eu havia bloqueado preencheram minha mente.

Novamente voltei a focar meus olhos naquele ambiente e eu conseguia ver cada detalhe daquele fatídico dia. Minha mãe morrendo daquela forma tão insensível, Chase sendo abatido feito gado, Benjamin sendo assassinado cruelmente e por fim meu pai morrendo a sangue frio depois de todos os abalos psicológicos possíveis.

Eu lembrava de cada poça de sangue, eu lembrava das lágrimas que derrubei e lembrava de toda a dor sentida.

Encostei minhas costas na parede e por ela deslizei até me sentar. Encolhi minhas pernas e me abracei da melhor maneira que consegui.

Eu precisava me controlar! Eu não posso jogar fora tudo o que aprendi nesses anos todos.

Respirei fundo e contei até dez.

Assim que abri meus olhos Victoria e os outros me encaravam preocupados e com... pena?

Eu não admito que tenham pena de mim!

Eu não vou jogar fora tudo o que aprendi! Jamais.

- (Seu nome)? Você está bem?- perguntou Harry se agachando a minha frente. Como eu senti falta desses olhos verdes.
- Eu não sei...- respondi baixo. Confesso que minha mente estava uma bagunça, mas desde quando eu não consigo mentir pro Harry?
- Eu vou te ajudar! Eu prometo.- falou ele.

Fechei os olhos e tentei controlar minhas emoções... Aquela casa não me fazia bem! Não mais.

Tornei a abrir meus olhos e percebi que todos estavam me encarando. Respirei fundo e me levantei. Estiquei uma mão a Harry, que aceitou e eu o ajudei a se levantar.

- Eu estou bem!- disse. Meus amigos me olharam com dúvida, eu tinha que sustentar esta mentira.- Esta casa não me faz bem, apenas isso!- lhes disse olhando cada um dentro dos olhos.

De repente, o clima ali se tornou sufocante.

- Saiam daqui! Agora!- ordenei. Meus amigos apenas se esconderam atrás de algumas coisas cobertas por lençóis.

No segundo seguinte, Patrick estava ali sorrindo para mim.

- (Seu nome)?- perguntou ele espantado. Eu apenas o ignorei e fingi que tirava os lençóis dos móveis.- Não me ignore!- ordenou ele se aproximando rapidamente de mim e me segurando brutalmente pelos braços,
- Você não manda em minha pessoa.- falei o arremessando longe.
- Uau!- exclamou ele animado.
- Saía da minha casa! Agora!- ordenei.
- Sua casa? Pensei que você não voltaria aqui tão cedo.- comentou ele se aproximando novamente de onde eu estava.

Senti Harry se mexer e tive que usar meus poderes para manter todos em anonimato. Droga! Eu iria ficar esgotada e vulnerável.

- Afinal, por que você voltou?- perguntou ele me rodeando.- Tem mais alguém aqui, não tem?

Me mantive em silêncio o encarando friamente.

- O que você esconde, Sweet?- perguntou ele.
- Algo muito importante! Você quer saber?- perguntei inocentemente.
- Quero!- falou ele baixo e rouco.
- Então... Me mate!- disse e logo abri um portal atrás dele, o empurrei assim que vi seu semblante mudar drasticamente.

Eu bufei e liberei meus amigos dos meus poderes. Logo o cansaço me tomou e eu senti minha pernas fraquejarem.

Antes que fosse ao chão braços fortes me seguraram.

- Eu lhe prometi...- ouvi Harry sussurrar antes de me entregar a escuridão.

[...]

Acordei sentindo meu corpo dolorido. Bufei frustada e passei as mãos por meus cabelos, fiquei encarando o teto por alguns minutos até me dar conta que eu não fazia ideia de onde estava.

Sentei-me rapidamente fazendo com que minha cabeça ficasse tonta, mas logo passou e eu observei ao meu redor.

As paredes brancas com alguns quadros pendurados mostravam imagens minhas com minha família antes daquela tragédia. Engoli em seco ao perceber que eu estava no quarto de meus pais, senti minha respiração falhar e eu rapidamente comecei a andar para fora daquele local.

As vezes nossos fantasmas fazem visitas...

Assim que passei pela porta fui direto para o meu quarto que ficava no final do corredor. Parada do lado de fora percebi que alguém estava ali dentro.

Eu realmente precisava de calma... E paciência!

Girei a maçaneta calmamente e assim que a porta encontrava-se aberta, percebi meus amigos mexendo em minhas coisas, todos ali me encararam assustados e aposto que minha cara de desgosto só piorou a situação.

- Des-des-desculpa, (Seu nome)! - pediu Niall assustado.
- Estão atrás do quê? - perguntei ignorando o pedido e adentrando meu próprio quarto.
- Nada! - respondeu Victoria seca.
- Se não fosse algo importante, por assim dizer, meu quarto não estaria está zona de guerra. - rebati observando o cômodo ao meu redor.

Realmente aquele local parecia uma zona de guerra. Cadernos e livros jogados pelo chão, além de minhas gavetas reviradas podia-se ver que até meus diários estavam abertos em cima da cama. Aquilo fez meu sangue gelar de primeiro momento, mas logo deixei de lado. Existiam coisas mais importantes do que aqueles segredos bobos adolescentes.

Arqueei minhas sobrancelhas esperando por algum pronunciamento. Nada aconteceu e eu resolvi entrar no meu antigo quarto, as lembranças vieram e me fizeram sorrir por um instante, mas a dor da perda era maior e logo tudo sumiu. Eu só tinha as lembranças para me manter sã, contudo o tempo estava transformando tudo em uma tortura sem fim.

- Houve uma época em que aqui era o meu lar... - comentei. Cada um ali me olhou atentamente. - Hoje em dia cada uma dessas paredes não significam mais nada, além de tristeza, dor e ódio misturados à belas lembranças de quando eu era feliz.
- Você ainda pode ser feliz... - rebateu Liam.
- Infelizmente não, meu amigo. Felicidade é um termo relativo que eu não acredito no momento.

Ninguém mais se pronunciou. Talvez estivessem perdidos em seus próprios pensamentos. Caminhei despreocupadamente por aquele espaço, e logo observei um caderno de capa preta caído perto da janela ao lado de um enorme baú antigo. Eu o peguei em mãos e ouvi a respiração dos presentes no quarto serem presas.

- (Seu nome)...? - chamou Victoria receosa. Eu a ignorei e abri aquele caderno. Assim que vi a quem pertenceu senti meu coração se acelerar. Desde quando eles...?
- Desde quando vocês sabem sobre isso? - perguntei balançando o caderno em mãos e me virando na direção deles.

Ninguém teve a descência de me responder ou avisar sobre a existência daquele objeto.

- Belos amigos vocês! - disse antes de sair daquele quarto.

Passei pelo corredor correndo e desci as escadas sem parar, fiz o mesmo caminho de quando entrei e fui direto para a garagem. Respire fundo e fechei a porta atrás de mim. Olhei os vários panos que cobriam os carros e caminhei até um deles, puxando o mesmo em seguida, revelando-me uma BMW 481i azul marinha. Até que meu pai tinha bom gosto para carros. Não pensei duas vezes antes de voltar ate perto da porta e abrir um armário que havia ali, revelando-me um cofre. Digitei a senha rapidamente e assim que a posta foi destravada, a abri.

Ali dentro só havia coisas relacionadas aos carros, como chaves e documentos. Procurei pelas coisas relacionada a BMW e assim que encontrei a peguei, fechando o cofre e a porta do armário. Voltei minha atenção ao carro e quamo chegava novamente no mesmo ouvi o som de passos apressados vindo em minha direção. Eu precisava sair dali e respirar, caso contrário iria me sufocar. Algumas horas longe disso tudo e eu teria meu auto-controle intacto novamente.

Apressei meus passos, destravei a porta juntamente com o alarme, abri a porta da garagem e coloquei a chave na ignição, girando a msmaem seguida. O som do motor me trouxe uma sensação de conforto momentânea, fechei a porta do carro e prendi o cinto de segurança antes de sair da garagem. Quando o carro já estava por completo fora da garagem, vi Louis, Rebecca e Amber entrarem na garagem desesperados. Eu ignorei qualquer sentimento parecido com preocupação e fechei as portas daquele lugar, em seguida acelerei.

[...]

Eu ouvi meu celular tocar pela milésima vez e pela milésima vez eu ignorei. O caderno preto estava ao meu lado em cima do capô do carro, vez ou outra eu pegava aquele objeto para ler para logo em seguida me acovardar e desistir. Já estava se tornando um ciclo vicioso.

A noite se aproximava e a vista daquele belo campo em que eu estava mudava, esse foi um dos poucos lugares que encontrei intacto. A grama ainda verde contrastava com as magníficas flores, as enormes árvores continham resquícios de suas próprias flores e tudo continuava belo mesmo com o inverno se aproximando.

Peguei novamente o caderno em mãos e o abri.

Eu não sou mais uma garotinha assustada, agora eu sou uma mulher forte e corajosa.

Eu precisei repetir isso algumas vezes antes de começar a ler o conteúdo.

"Querido leitor,

Peço encarecidamente que se você não for um de meus filhos não prossiga com a leitura. Caso contrário, as consequências serão perturbadoras.

Atenciosamente,
Jeremy Christopher Hunt."

OK! Meu pai era peculiar.

Encarei novamente o horizonte e percebi que o céu começou a se tornar estranho. Resolvi entrar no carro e observar.

Logo nada mais do lado de fora era visível e aquilo me preocupou. Que merda era aquela?

O som de algo se chocando contra o vidro fez com que meu coração se acelerasse, tentei me concentrar e quando o fiz fiquei perplexa. Que monstros eram aqueles? Lembravam humanos em seu formato físico, mas os dentes afiados e as unhas ponteaguadas diziam o contrário. Eu precisava sair dali o mais rápido possível.

Que merda aconteceu nesse lugar enquanto eu estive fora? E como dirigir quando não se pode ver?

Senti meus olhos arderem e, em seguida, foi questão de segundos até eu conseguir afastar aqueles seres do meu carro. Engatei a ré e acelerei sem parar usando sempre meus poderes, na verdade eu havia criado uma forte luz branca ao redor do carro para manter aqueles seres longe do carro e usei o poder da terra para me guiar de volta. Assim que eu me afastei pecerbi que não adiantava voltar para casa, se eu o fizesse colocaria todos em perigo, principalmente Marie.

Então eu dirigi até um local que eu considerava seguro.

Minha antiga escola.





Nota da autora: Hey!!! Como estão? É tão bom estar de volta!
Antes de tudo obrigada por serem pacientes comigo e segundo eu não compre um notebook ainda, mas agora tenho um tablet (estou apanhando feio para me acostumar).
O capítulo não foi cumprido, porém foi o que deu para fazer por hora.
Beijos e até logo xXx





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7 comentários:

  1. Oooooo meu jooosshhhh vccc voooltoooooouuuu?!!!!!!
    Uhuuuulll Because i'm happy..... uhuul cara EU to muito feliz e esse capítulo deu um pouquinho pra matar a saudades... Então né espero que vc poste logo meu... kkkk

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    1. Hey love!
      Infelizmente eu ainda não voltei... Ficar sem notebook é algo complicado!
      Bom, estou adiantando as coisas pra quando voltar não ter tanta demora nas postagens.
      Bom, beijos e obrigada pela atenção.

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  2. Meu deus! Que emotion no meu sangue!!!! Você voltou! Oh, Lord, oh my Josh Devine!!!

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  3. capitulo 28 please

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  4. Oi leitora nova kra eu amo a sua fic tipo serio ela é d+ ,ela consegue me prender do começo ao fim se bem q ainda n teve fim né?!? Mais enfim CONTINUA POR FAVOR E EU AMO SUA FIC ACHO Q JA FALEI ISSO NÉ MAIS CONTINUA POR FAVOR

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    1. Hey love! Seja muito bem vinda!
      Fico muito feliz de saber que a história consiga lhe prender!!
      Continuarei assim que possível e agradeço o comentário e carinho.
      Beijos e até xXx

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